A enorme exposição midiática imediatamente após o ataque sofrido ainda beneficia o capitão reformado. Ele subiu dois pontos desde a segunda-feira. Destaque para o crescimento de 6 pontos na região Centro-oeste.
No entanto ele segue sendo o mais rejeitado entre os candidatos e viu esse índice subir um ponto, de 43% para 44%. Destaque para a rejeição entre as mulheres que se manteve em 49%.
- O tempo passa e Alckmin não reage
Já se passaram 2 semanas desde o início da campanha na TV e a expectativa de que o tucano se recuperasse a partir desse momento ainda não se realizou. Ele segue no mesmo patamar de 9%, já ultrapassado por Ciro Gomes e pelo agora candidato petista Fernando Haddad. A Alckmin não resta outra alternativa a não ser voltar à tentativa de desconstruir Bolsonaro.
- Marina praticamente fora da disputa
Marina foi a única candidata a perder votos nesse período, e não foi pouco. Em quatro dias ela caiu de 11% para 8%, quase um ponto por dia. E ainda viu sua rejeição aumentar, de 29% para 30%. Acho que já podemos desconsiderar as chances de Marina alcançar o segundo turno.
A linha de Marina é a única descendente
- Ciro ainda pode crescer?
Ciro Gomes vinha mantendo a tendência de crescimento desde o início da campanha mas nessa pesquisa não repetiu esse movimento. Manteve o patamar da pesquisa de quatro dias atrás e viu o candidato petista alcançá-lo e superá-lo na região Nordeste, onde ele liderava. Ciro ainda tem seus melhores índices nos estratos onde Lula liderava, o que permite supor que o provável crescimento nesses mesmos estratos do agora candidato petista, Haddad, deverá frear a tendência de alta do pedetista.
Ciro perde a liderança no Nordeste
- Haddad mantém tendência de crescimento
O agora candidato petista foi o que teve o melhor desempenho, cresceu 4 pontos, de 9% para 13%. Um ponto por dia. Destaque para a região Nordeste, onde ele cresceu 9 pontos e já lidera a disputa com 20%.
A manutenção da tendência de crescimento se percebe ao constatar seu desempenho em alguns estratos:
- Embora lidere no Nordeste, ele ainda tem 20% nessa região que tem sido a que majoritariamente vota nos candidatos do PT desde 2006. Nas simulações em que Lula era apresentado como candidato ele alcançava mais de 50% dos votos na região;
- Seu desempenho nos estratos de menor renda e menor escolaridade,
abaixo de 20%, também revela potencial de crescimento. Nesses estratos Lula também liderava com grande margem;
- Outro segmento que ainda pode impulsionar o candidato petista é o eleitorado que tem preferência pelo PT. Nesse estrato, que segundo o Datafolha soma 24% do total de eleitores, Haddad tem menos de 40% dos votos.
Se Haddad alcançar o patamar que Lula tinha no Nordeste, 50%, serão mais 7% do total de votos do país.
Hoje o Ibope divulga sua nova pesquisa e deve corroborar esses números do Datafolha, o que nos permitirá afirmar que cresce a probabilidade de o primeiro turno terminar liderado por Bolsonaro e Haddad.